Igreja Consciente Gera Vida

Igreja Consciente Gera Vida

 

 

            Vivenciamos uma realidade de busca alucinada de poder econômico em detrimento à preservação ambiental. Diante dela é relevante à igreja cristã pensar sobre essa realidade e propor ações possíveis de conscientização, educação, preservação e correção onde a cosmovisão cristã influencie e proponha um envolvimento na sociedade gerando outra possível realidade mais equilibrada, possibilitando sustentabilidade de forma geral.

 

            Quando observamos os movimentos em busca desse equilíbrio ambiental, movimentos que chamam para si a responsabilidade do cuidado e da preservação para com o meio ambiente, constatamos um envolvimento de pessoas com pouca consciência cristã saturadas de ideologias humanas e demonstração de um comprometimento com a causa que deveria refletir o cristianismo puro e simples expresso nas escrituras, mas não é isso que ocorre. O envolvimento dos não cristãos nas causas ambientais deveria envergonhar a igreja diante de tamanha perfeição explícita na criação que é deteriorada pelo uso irresponsável daquele que foi criado à imagem e semelhança do Criador, isto é, pelo nosso uso irresponsável.

 

            A segunda constatação é a omissão da igreja que define “obra da Deus” ou “trabalho para o Senhor” somente aquilo que está ligado diretamente à esfera da igreja, esfera eclesiástica ou religiosa de nossas vidas. Essa omissão reflete ignorância diante das escrituras e uma limitação na compreensão da abrangência do que é espiritualidade e do quanto essa espiritualidade cristã envolve o cuidado para com o meio ambiente.

 

            O terceiro olhar diante dessa realidade é a consideração do legado que carregamos desde a criação. Deus, quando formou o homem à sua imagem e semelhança, o abençoou e lhe deu uma obrigação de dominar e de cuidar de tudo aquilo que tinha sido criado. A igreja, em sua história, tem demonstrado falta de consideração deste legado original, envolvendo-se em questões ritualísticas e afastando-se da obrigação de cuidar devidamente da criação que foi colocada sob a responsabilidade da humanidade.

 

            A esperança é que o próprio Deus atraia novamente seus próprios filhos, abrindo-lhes a consciência, agora uma atração ao cuidado para com a criação, uma atração ao envolvimento comprometido em movimentos ambientais, na reeducação ambiental, no arrependimento diante de uma história cristã de omissão e uma atração à convicção do legado original demonstrado em um comportamento transformador da igreja no meio da sociedade em que vive. Que o Senhor seja glorificado com essa nova postura de sua igreja.

 

 

 

No amor do Eterno.

 

Rev. Jorge Diniz.