Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo

Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo.

Resumo:

Este artigo tem como objetivo analisar e estudar o assunto, dentro de uma cosmovisão reformada. Não pretendemos aqui esgotar o assunto em sua inteireza, pois o mesmo é amplo, o que esta pesquisa deseja é estudar as principais razões pelas quais a Igreja contemporânea tem perdido a credibilidade da sociedade, alertar a Igreja sobre o assunto e propor uma resposta às questões levantada. Além disso, mostrar que o avivamento bíblico e genuíno é a melhor resposta aos desafios de nossa época.    

INTRODUÇÃO

 

Alguns missionários que trabalhavam na Índia pensaram em uma estratégia que poderia trazer um verdadeiro avivamento para o País. Eles disseram: “Se nós conseguirmos evangelizar o líder do hinduísmo Mahatma Gandhi e o ganharmos para Cristo, toda nação indiana será impactada por esse testemunho”. Convictos da sua estratégia foram ao encontro de Gandhi para persuadi-lo a ser o cristão, entretanto no meio da conversar ouviram de Gandhi: “No vosso Cristo eu creio eu só não creio é no vosso Cristianismo [sem vida]”. [1]

O que aqueles missionários ouviram de Gandhi é o que constantemente ouvimos sobre o cristianismo brasileiro. São pessoas que acreditam em Cristo, [2] mas são descrentes em relação os crentes. Acreditam em Deus, todavia não acreditam na Igreja como uma instituição divina.

Segundo as estatísticas sobre a religião brasileira, um dos percentuais que mais crescem é os dos “sem religião”. Em 1950, “os sem religião” eram aproximadamente 0,5% da população; em 2000 (ano do último Censo), passaram a ser 7,4%, proporção 14 vezes maior. Hoje eles já são a terceira maior “identidade religiosa” do País, estando atrás apenas dos católicos (70%) e dos evangélicos (17%). [3] 

Esses não são adeptos da “não religião”, por serem ateus, mas são que já freqüentaram uma Igreja e viram algumas razões para não crerem nela como uma instituição divina. Decepcionados com a Igreja, descrentes dos crentes e convictos que as demais religiões não os levariam a Deus, optaram em ser “sem religião”.

Por que os “sem religião” crescem tanto? Por qual razão a sociedade brasileira não acredita na Igreja como antes? Podemos resgatar a credibilidade da Igreja? O que devemos fazer?

Este artigo tem como objetivo analisar e estudar o assunto, dentro de uma cosmovisão reformada. Não pretendemos aqui esgotar o assunto em sua inteireza, pois o mesmo é amplo, o que esta pesquisa deseja é estudar as principais razões pelas quais a Igreja contemporânea tem perdido a credibilidade da sociedade, alertar a Igreja sobre o assunto e propor uma resposta às questões levantada. Além disso, mostrar que o avivamento bíblico e genuíno é a melhor resposta aos desafios de nossa época.        

 

POR QUE A IGREJA ESTAR SEM CREDIBILIDADE NO MUNDO?

 

Não são poucas a razões pelas quais a igreja tem perdido a credibilidade diante do mundo. Aqui citaremos apenas algumas.

 

1.1. Razão externa: O pluralismo religioso e a relatividade da verdade.

 

Segundo o Dr. Herber Campos as últimas décadas do século XX têm sido caracterizadas por movimentos filosófico-teológicos que romperam com tudo o que, historicamente, tem sido crido como verdade fundamental, da qual não se poderia abrir mão.[4] Com nomes diferentes, tais como secularismo, relativismo, pós-modernismo e pluralismo,[5] eles defendem a mesma causa e levantam a mesma bandeira. 

            Estes movimentos, não reivindicam ter a verdade e condenam qualquer ideia de verdade absoluta.[6] Para os pluralistas a multiplicidade de conceitos sobre o exercício da fé, das crenças (Deísmo, Teísmo, ateísmo, politeísmo, seja quanto for), compreende a essência do pensamento humano e seu direito em crer ou deixar de crer no que quiser, sem ser discriminado por isso. A crença do individuo e sua verdade. Para eles pode-se até dialogar, desde que aja “tolerância”, o que para eles é quase um sinônimo de concordância.

            Essa relativização da verdade tem tido grande influência a visão da sociedade com relação a igreja. São com “óculos” relativistas e pluralistas que a sociedade ver a Igreja. E a conclusão que muitos tem chegado é: ser a verdade não é absoluta, logo, a igreja não pode ser a razão de uma crença absoluta e não é digna de todo o crédito. Razão pela qual segundo eles “todas as religiões devem ser tratadas numa base politicamente igual”.[7] Este relativismo contemporâneo ataca a principal arma do cristianismo, isto é, a Bíblia. Sem o “status” de ter a verdade absoluta a igreja dia a após dia tem perdido a “credibilidade”, na visão relativista contemporânea.

 

1.2. Razões Internas

 

Hoje em dia dizer que é um cristão não é sinônimo de credibilidade. Se você estiver conversando com alguém e no meio da conversa disser que é um pastor, pode até perder um possível novo amigo. A Igreja como instituição, tem perdido a credibilidade e a sociedade está descrente dos crentes. Tudo isso são por razões internas do próprio cristianismo atual. Aqui apresentaremos algumas razões da falta de Credibilidade.

 

1.2.1. Escândalos envolvendo lideres.

 

            Não precisa sem bem informado para tomar conhecimento dos escândalos que envolvem lideres, políticos e de pessoas que se dizem evangélicas. As várias e repetidas decepções com líderes tem levado sociedade à resignação. Uma pesquisa organizada pelo instituto LifeWay Research, nos Estados Unidos, feita no final de 2006, mostrou as principais causas que levam uma pessoa a mudar de igreja, dentre as razões 74% estava envolvia o testemunho da igreja, liderança e principalmente do Pastor.[8]

            Esta é uma realidade nos quatros cantos do mundo. A igreja evangélica brasileira tem sido, via de regra, marcada por uma mentalidade consumista, materialista, hedonista e pragmática, como o restante da sociedade. A visão mercantilista de igreja tem feito da igreja evangélica no Brasil objeto de escárnio e deboche. A mídia expõe com frequência os escândalos morais de líderes evangélicos brasileiros. O sal tem se tornado insípido e não tem servido senão para ser pisado pelos homens. Esse comportamento escandaloso ridiculariza a Cristo, prejudica o evangelismo e destrói a credibilidade do cristianismo em nosso país.[9]

 

1.2.2. Um deus chamado $ e a Igreja materialista.

 

Em algumas denominações ou comunidades a igreja se tornou um negócio, pastores se tornaram executivos, o ministério um gerenciamento. Estas tem sido guiadas mais pelas leis do mercado como a produtividade, performance, faturamento, profissionalismo, qualidade, nichos de consumidores e estratégias de marketing, do que pela Palavra de Deus. Apresentam um Jesus Cristo atraente, prometemos a salvação no céu e a prosperidade na terra, sem precisar renunciar a nada. Palavras como sacrifício, pecado, arrependimento, negar-se a si mesmo, foram substituídas por decretar, determinar, conquistar, restituir, saquear. [10]

Além disso, movidas pela teologia da “prosperidade” ou “confissão positiva”, muitas Igrejas estão se tornado materialistas.  Pregam sobre dinheiro e por dinheiro, prometendo o que Deus não prometeu, levando muitos, à decepção religiosa e por fim a descrença. Essa e outra razão da descrença da sociedade em relação aos crentes.

 

1.2.3. A geração “Gospel”.

 

            Ser gospel está na moda. Os artistas são gospel, pessoas importantes são gospel, é a geração gospel. Todavia esta palavra é sinônima de evangélico, mas está longe de o ser na pratica. A geração gospel é uma geração de convencidos e não de convertidos. Anos atrás uma Monique Evans apresentadora de um programa (não recomendado para menores de 18 anos), foi Converteu a geração gospel, e questionada por algum por continuar a fazer o mesmo programa depois da “conversão” disse: “Eu me converte, mas não precisei mudar nada na minha vida Jesus me aceita do jeito que eu sou”. Essa é a geração “gospel” é uma das razões pela qual a sociedade não acredita na Igreja como antes.

 

1.2.4. Vivendo a verdade como se fosse uma mentira.

 

 “Eu creria na sua salvação se eles [os cristãos] se parecessem um pouco mais com pessoas que foram salvas”. Essa afirmação dita por Fiedrich Nietzche, no final do século XVIII, nunca foi tal atual como nos dias de hoje. O cristianismo estar cheio de pessoas que vivem a verdade como se fosse uma mentira. Pessoas que vivem o que não pregam e pregam o que não vivem.

               O professor Hugh Black, no seu “Serviço de amor de Cristo”, disse que uma jovem judia, que é agora Cristã, pediu a certo senhor que lhe havia dado instruções a respeito do Evangelho, que lesse com ela a história. Porque, disse ela: “Tenho lido os Evangelhos e estou perplexa. Quero saber quando os cristãos deixaram de ser tão diferentes de Cristo”[11] Essa é a realidade atual, um cristianismo que tem o rotulo de Cristo, mas nenhum conteúdo dEle.

O Rev. Elben M. Lenz César falando sobre a crise da igreja contemporânea diz: “Não temos defesa: estamos desacreditados diante do governo (também desacreditado), diante dos críticos, diante dos antigos simpatizantes, diante dos opositores, diante da mídia (caçadora de escândalo) e diante do povo.”[12] E acrescenta:

 

“Lamento muito ser obrigado a admitir que faço parte do grupo que acredita que a igreja está desacreditada. Basta ler O Escândalo do Comportamento Evangélico, de Ronald J. Sider, recentemente publicado no Brasil. Embora o autor se refira aos maus testemunhos dos evangélicos americanos, o problema é universal (…) Sider cita Michael Horton: ‘Os cristãos evangélicos estão aderindo a estilos de vida hedonistas, materialistas, egoístas e sexualmente imorais com a mesma proporção que o mundo’ (…) Se já não somos o sal da terra, a luz do mundo e o bom perfume de Cristo, não servimos para mais nada, exceto para sermos jogados fora e pisados pelos homens, de acordo com Jesus”. [13]

 

1.2.5. Rótulo do cristianismo sem conteúdo de Cristo.

 

Vivemos na epoca do vazio. A manipulação estar substituindo o conhecimento de Deus e sua Palavra em nossas igrejas. Não são poucos os que tem a cruz de Cristo no peito, mas não tem Cristo na mente. Os membros das igrejas são recebidos, mas não são instruídos; são animados, mas não são ensinados. As pessoas então adorando há um Deus que elas não conhecem. A verdadeira adoração requer o envolvimento do coração e da cabeça. O culto do coração, sem o entendimento, é forma errada de adoração, conforme o Senhor Jesus Cristo.

Muitas igreja são como os ateniesses no Areopago. O altar estava ali, adoração estar sendo realizada, mas o Deus é deconhecido. A cena é parecida demais com a igreja moderna. Muitas nada mais falam de Deus e se resumiram apenas a uma ajuntamento de pessoas, um verdadeiro clube social, onde tudo é supeficial, inclusive o estudo sobre Deus. O carater de Deus é desconhecido. Falando sobre a necessidade de conhecermos a Deus com o coração e a mente Sproul lembramos que:

 

“Se entendermos o caráter de Deus. então a doutrina da Escritura, a dou­trina de Cristo e tudo mais se encaixa. Por outro lado. pode tudo mais estar certo exceto sua doutrina sobre Deus, e você ainda será um pagão. É ainda um idólatra. Pode ser um inerrantista, pode ser que sua escatologia esteja certinha, pode ser que você não deixe de fazer seu culto individual ou ir à igreja. Mas se não estiver adorando o Deus certo, você estará adorando e servindo a um Deus falso, E imprescindível que conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor” (Os 6.3). [14]

 

Essa falta de conteúdo de Cristo na vida daqueles que são ou se dizem seus seguidores tem tirado a força do testemunho da verdade e a credibilidade da mensagem do evangelho.

 

1.2.6. Ortodoxia sem ortopraxia.

 

              Há muitas igrejas que são ortodoxias, zelam pela doutrina e pela fidelidade na Palavra de Deus, todavia essa fé não é evidenciada na sociedade. Todo extremo é um erro. Ser cristão ortodoxo nos livra dos erros que citamos acima, mas não viver a verdade na prática com a pregação do evangelho e, dentro de uma visão calvinista buscando a transformação da sociedade que vivemos, é fazer do cristianismo algo árido e sem vida e sem sentido para a sociedade a nossa volta. A razão disso é que a igreja tem muita ortodoxia, mas não tem nada de ortopraxia. Igrejas que fecharam os olhos prática que o evangelho pressupõe.[15]

              O Dr. Heber Campos diz que um dos desafios da igreja neste mundo pós-moderno é o de não tornar um gueto. A Igreja cristã, diz ele “não deve se isolar, embora deva proteger a verdade. Ela deve aceitar o desafio de contrariar o espírito do tempo presente como uma espécie de “contracultura,” saindo para minar os campos alheios. Se não fizer isso a igreja vai perder a sua verdadeira identidade”. [16]

              Muitas igrejas são ortodoxias mais irrelevantes em sua atuação no mundo. Dizem ter tradições reformadas, mas não segue o verdadeiro pensamento dos reformadores. Dr. Abraham Kuyper falando sobre Calvino, o qual muitos ortodoxos dizem seguir, diz que o pensamento deste Genebrino não deve ser visto apenas como um conjunto de dogmas teológicos que teve influência no meio eclesiático, mas que tem sido antes de tudo, uma filosofia de vida que tem afetado a sociedade e os indivíduo como um todo. [17] Segundo ele “A visão teológica de Calvino permeada pela soberania de Deus, fez com que ele procurasse relacionar a aplicação desta soberania às diversas atividades culturais do ser humano”.[18]

              Os cristãos foram postos no mundo para ser a consciência da sociedade, e não para se fecharem em si mesmos. A Igreja deve ser a voz do que clama no deserto a fim de fazer a diferença no mundo. “o reino de Cristo é também externo”,[19] dizia Zuínglio que foi ao mesmo tempo pastor e patriota, teólogo e político. Uma vez salvos e inseridos na família de Deus ele nos chama para cuidar do mundo que vivemos e, uns dos outros.[20] Na verdade, a igreja necessita deixar o monte da transfiguração e descer até ao povo sofrido onde se encontram os perdidos da sociedade. Esta falta de prática das verdades as quais os cristãos dizem crer é uma das razões pelas quais a sociedade estar descrentes dos crentes.

 

2. AVIVAMENTO: UMA SOLUÇÃO PARA A CRISE DA IGREJA.

 

Para revitalizar a imagem da Igreja na sociedade precisamos voltar a viver o cristianismo autentico e genuíno e impactar positivamente a nossa sociedade. Isso só acontecerá se Deus por sua graça aviva a sua igreja. Somente um avivamento genuíno e bíblico trará a igreja de volta aos trilhos e consequentemente a cofiança por parte da sociedade. Por isso esse capítulo é dedicado a mostrar o que acontece quando a igreja experimenta o verdadeiro avivamento.

 

            2.1. O que não é avivamento

 

              O termo “avivamento” tem sido grotescamente mal entendido. Certo escritor contemporâneo escreveu que nunca houve uma época em que a palavra “avivamento” precisasse ser mais claramente definida como em nossa época. Por isso, não há como falarmos sobre avivamento sem termos em mente o que é, de fato, avivamento bíblico e histórico!

              E para clarear nossa mente, precisamos definir o que não é avivamento. Para definirmos o que não é avivamento, consideraremos cinco coisas que mesmo não tendo forma ou aparência é confundida com avivamento. Vejamo-las:

 

                        2.1.1. Não é resultado da ação da igreja.

 

Avivamento não é uma ação isolada da igreja. A Igreja não é o agente que promove ou faz o avivamento. Os homens que almejam o avivamento jamais podem trazê-los por sua própria energia e vontade. Jamais pode o homem, por mais piedoso, santo e dedicado a obra do Senhor, produzir vida nos que dormem, porque o único Autor do avivamento é Deus. É Ele que soberanamente e por sua livre graça derrama do seu Espírito Santo sobre o seu povo, e, Ele somente!

Todavia, isso não anula a responsabilidade da Igreja. O avivamento jamais virá, se a Igreja não buscar e preparar o caminho para a sua chegada. Isso não é difícil de nós entendermos, é só lermos a Bíblia e a História da Igreja, e veremos que só houve avivamento quando o povo se humilhou, orou, se santificou e se converteu da impiedade para a piedade. Preparando, assim, o canal das águas do Espírito.

Foi assim que aconteceu com Esdras, Neemias, com os apóstolos no Pentecostes; foi assim que aconteceu com os valdenses na França no século XII; na Boemia; na Reforma no século XVI, com Lutero, Calvino, Zwinglio, com os morávios, nos séculos XVII e XVIII, na Nova Inglaterra, com Jonathan Edwards, na Escócia e País de Gales, com Moody. Assim, produzir avivamento é um ato de Deus, buscar e preparar o Caminho é um ato da Igreja!

 

                            2.1.2. Não é emoção a flor da pele.

 

Muitos são os movimentos que, com base em emoções antropocêntricas, dizem viver um verdadeiro avivamento. São grupos que descartam a teologia e sã doutrina e dizem viver um avivamento fundamentado em sonhos e visões de pessoas que dizem ser “espirituais”. Em cultos que são shows antropocêntricos. Todavia avivamento não é mero emocionalismo ou mudança doutrinária. Pois o genuíno avivamento está fundamentado na sã doutrina das Sagradas Escrituras. “O avivamento precisa estar dentro das balizas da Bíblia e não dentro dos muros de revelações subjetivas, produto muitas vezes da carne”.[21]

 Avivamento sem doutrina é fogo de palha e não fogo do Espírito. O avivamento está norteado pelas Sagradas Escrituras e não por experiências humanas e antropocêntricas, ou seja, mero emocionalismo.

 

                   2.1.3. Não é o show das 19h 30min.

 

              Muitos crentes confundem avivamento com forma de culto, onde todos em uma liturgia e louvor animados, com coreografias, gingos, palmas, gritam aleluias e dizem estar sentindo e até vendo a Deus e experimentando do fogo do Espírito, todavia parece mais um fogo estranho perante o altar do Senhor.

              Não estou aqui fazendo uma crítica aos irmãos pentecostais ou aos neopentecostais. O que não podemos crer é que avivamento seja sinônimo de culto e louvor animado. Pois, o louvor sem obediência e santidade é barulho aos Seus ouvidos. E Ele deixa bem claro isso quando diz: “afasta de mim o estrepito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas liras” (Amós 5:23). Avivamento não é sinônimo de culto animado, mas de culto ungido. Não é mudança da forma de cultuar, mas da forma de viver.

 

                        2.1.4.  Não é manifestação de dons sem o fruto.

 

Muitas pessoas confundem o avivamento e até o limita a milagres, curas e exorcismos, chegando a dizer que só há avivamento onde há uma constante manifestação de dons carismáticos. Todavia, isso não é o cerne de avivamento, uma igreja pode ter todos os dons sem ser uma igreja avivada. O que caracteriza o avivamento não são os dons do Espírito e sim os frutos do Espírito.

E esta verdade é visível na Igreja de Corinto que era cheia de dons, mas vazia do Espírito, a ponto do apóstolo Paulo considerá-la espiritualmente um “bebê”. Uma igreja tão cheia de dons quanto de partidarismo, contendas, imoralidades. Uma igreja carismática, entretanto, não tinha carisma nem simpatia de Deus.

No avivamento, a ênfase não está nos dons, mas sim no fruto do Espírito. Nem sempre manifestação de dons carismáticos é sinônimo de avivamento. Há muitas igrejas que tem muitos dons, mas poucos dotes divinos. Tem muitas manifestações de dons, mas pouca manifestação de vida. Cheios de curas físicas, mas pouca cura espiritual. Cheios de dons do Espírito, mas vazias do fruto do Espírito. Avivamento não é manifestação de dons, porém, manifestação de uma nova vida em Cristo.

              Vimos, então, o que não é avivamento, com o propósito de clarear a nossa mente para definirmos o que é o genuíno avivamento bíblico e histórico.

 

            2.2. O que é avivamento.

 

              A melhor maneira de definirmos avivamento é entendendo como ele foi compreendido na História da igreja. Por isso, deixaremos que as testemunhas oculares o definam.

              G. J. Morgan exprime-se dizendo que avivamento é: “despertar de novo na humanidade a consciência de Deus, mediante a presença interior do Espírito Santo” [22]

              Arthur Wallis diz ser: “a intervenção divina no curso normal das coisas espirituais. É Deus revelando-se ao homem, em solene santidade e irresistível poder”. [23]

                        Joseph W. Kempe diz que avivamento é sinônimo de: “reanimar aquilo que já tinha vida, mas que caiu no estado de declínio”. [24]

              D. M. Panton define ser: “o Espírito Santo enchendo um corpo preste a tornar-se um cadáver”[25]

               O Dr. Martin Lloyd-Jones define como sendo: “dias de céu sobre a terra”[26]

              Na ótica de David A. Womack, “avivamento é um estado espiritual no qual os crentes se chegam mais perto de Deus, arrependem-se e purificam-se de acordo com os padrões bíblicos de santidade, são cheios com o Espírito Santo, esperam e experimentam manifestações sobrenaturais e cooperam juntos para glorificar a Deus, identificar-se uns aos outros e evangelizam perdidos para Cristo”[27]

              Avivamento é o despertar de Deus em nossas vidas para vivermos o verdadeiro cristianismo, e sermos considerados, de fato, cristãos tais como os discípulos em Antioquia.

 

       2.3. Sentido bíblico da palavra

 

             A palavra “avivamento” não ocorre na Bíblia; o verbo “avivar” é empregado apenas uma vez nas versões bíblicas em português (Hc. 3.2, RC, AR e ARA). Biblicamente, a ideia da palavra avivamento vem do hebraico hy”x’ “haya” e do grego avnazaw “anazao”. Ambas significam literalmente “vindo os mortos de volta à vida”

              Em Hc 3:2, o profeta diz: “Senhor, ouvi falar da tua fama; tremo diante dos teus atos, Senhor. Realiza de novo, em nossa época, as mesmas obras…” (NVI). Esse clamor por parte do profeta é para que Deus realize novamente os mesmos atos de maravilha do passado. 

              Em II Tm. 1.6, o apóstolo Paulo escrevendo ao jovem pastor Timóteo diz: “[…] reavives o dom de Deus que há em ti…”. Reavives no original é avnazwpurei/n “anadzopurein” que significa “reinflamar”, “reatiçar”, o fogo do zelo visto nos dons espirituais pode apagar-se, ou pode tornar-se embotado e ineficaz, se alguém não tem cuidado do serviço apropriado dos mesmos, renovando-se sempre na dedicação a Cristo.

              Apesar de não termos várias referências do termo avivamento, temos, por inferência várias palavras que são quase sinônimas da palavra avivamento. Tais como: “despertar”; “restaurar”; “vivificar”; (Ed. 1.5; Is. 51.9,17; Sl. 14.7; 19.7; 80.3,7,19; 119.25, 37, 40, 88, 107; 126.4).

 

2.4. Os frutos do verdadeiro avivamento.

 

             Quando Deus fende os céus e desse, com grande poder, os montes tremem na Sua presença (cf. Is 64.1). Quando o fogo inflama os gravetos, quando faz ferver as águas, para fazer conhecido seu nome as nações tremem (cf. Is 64.2). Quando as chuvas torrenciais do Espírito regam as sementes do avivamento plantadas pela igreja, produz frutos em abundância. Vejamos alguns deles:

 

                        2.4.1. Volta a Palavra: para conhecer, pregar e viver.

 

              “Esta é era de sermõezinhos: e sermõezinhos fazem cristãozinhos”. [28] Essa frase dita por Michael é o diagnóstico da realidade vivida na Igreja contemporânea. Vivemos na época do vazio. A falta de conteúdo nos púlpitos nunca se fez visível como nos dias de hoje. Não são poucos os que dizem que estão “ungidos” por Deus e com a desculpa de que é o Espírito Santo que fala, desprezam totalmente o estudo, bem como o preparo do sermão. Talvez essa seja a razão pela quais as pessoas não vão mais a Igreja. Pregadores vazios no púlpito geram bancos vazios na Igreja. Charles Haddon Spurgeon diz que “no momento em que a igreja de Deus menospreza o púlpito, Deus a desprezará”. [29]

            Esta é uma das razões pelas quais precisamos de um avivamento bíblico. O despertamento de Deus sempre traz o povo de volta a Palavra. Se lermos II Crônicas caps. 34 e 35 veremos que o reencontro com livro da Lei foi à base do grande despertamento que abalou toda a nação judaica. Nos tempos de o Esdras e Neemias, o avivamento conduziu o povo a um retorno a leitura pública da Palavra de Deus.  O grande avivamento apostólico em Jerusalém iniciou-se quando Pedro, cheio do Espírito Santo, retornando e pregando com poder a Palavra de Deus. No avivamento em Éfeso, que abalou os quatro cantos da Ásia Menor e constrangeu o povo a abandonar a idolatria e voltar-se para o Senhor, teve como o ponto de partida a volta as Sagradas Escrituras. Sobre ele Lucas escreve: “Assim a Palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente” (At.19, 20).

            Se lermos a História da Igreja, veremos que muitos avivamentos foram “logocêntricos”: centrados na Palavra. Um destes aconteceu na cidade italiana de Florença. Enquanto muitos desprezavam a Palavra de Deus, Savonarola “desbruçava-se sobre a Bíblia, dia e noite, de modo que se dizia que ele a sabia de cor, do princípio ao fim”.[30] E quando subia ao púlpito para pregar, seu sermão irrompia como um meteoro do céu, quando sua palavra ecoava, o rosto de todo auditório branqueava, tamanho era o poder do Espírito Santo em suas palavras.

            Outro grande despertamento logocêntricos foi o do século XVI, com Martinho Lutero. O Dr. Pollich após assistir uma aula de Lutero disse: “Este monge revolucionará todo ensino escolástico”.[31] E foi o que aconteceu, não só na Europa, mas em todo o mundo. Mas que inovação fez Lutero? Nenhuma! Lutero não fez outra coisa senão voltar à Palavra e colocá-la na língua do povo. E, pela primeira vez na história, a Bíblia tornou-se propriedade do povo e o Evangelho, o poder de Deus para a salvação.

            João Calvino, após ler o sistema católico, chegou à seguinte conclusão: “Se eu me voltar para a verdade que está contida nas Escrituras, não estaria voltando para a Igreja? Não pode haver igreja onde a verdade não esteja.[32] O D.Martin Lloyd-Jones, comentando sobre a Reforma Protestante, diz que: “A maior lição que a Reforma tem a nos ensinar é, justamente, o segredo do sucesso na esfera da igreja e das coisas do Espírito Santo, é olhar para traz”. Lutero e Calvino, diz ele: “foram descobrindo que estiveram redescobrindo o que Agostinho já tinha descoberto e que eles tinham esquecido”.[33]

            No despertamento na Escócia, no século XVI, John Knox, grande pregador e erudito, voltou-se para as Sagradas Escrituras e a pregou com tão grande poder, que suas mensagens pareciam um balde de água gelada sobre o povo sonolento, de modo que o povo, de olhos arregalados voltou-se para o Senhor, e tamanha foi à manifestação do Senhor que ele mesmo declarou: “Se eu não tivesse visto com meus próprios olhos e no meu próprio país, eu não o teria crido”.[34]

             Em tempos de avivamento, a Bíblia é arrancada do liberalismo e trazida de volta ao Cristianismo. É tirada do baú e colocada de volta nos púlpitos; e então ela age como espada que penetra (cf. Hb 4.12). Como fogo que queima e martelo que despedaça (cf. Jr 23.29). A Igreja precisa voltar a um princípio reformado “Sola Scriptura”, e ao tempo dos apóstolos, quando a pregação não era por força ou por métodos, porém, só pelo Espírito Santo. Ela não precisa de novos métodos humanos, mas de velhos homens de Deus, dispostos a volta-se para as Escrituras e pregá-la com poder. Precisamos de um avivamento que traga a Palavra de volta para os púlpitos da das igrejas. Isso é que trará uma transformação real e duradora.

 

                        2.4.2. Purificação da igreja

 

              Sempre que a igreja é avivada é também purificada. Quando as chuvas torrenciais do Espírito deságuam sobre o povo de Deus lavam todas as impurezas da igreja. Os prazeres mundanos são abandonados e os pecados são confessados e deixados.

              No despertamento entre o povo de Deus, no tempo de Esdras e Neemias, a manifestação de Deus trouxe purificação ao seu povo. O pecado que antes era amado passou a ser odiado; a impureza que outrora prevalecia agora não mais existia; os casamentos mistos que os afastava de Deus deram lugar para o divórcio que os trouxeram de volta para Deus; o dia do Senhor que estava esquecido e abandonado foi restaurado e observado. O povo que trilhava nos caminhos da impureza mudou de rota e voltou ao caminho da pureza.

              Sempre que o fogo do Espírito desce sobre a igreja as impurezas viram cinzas e a igreja torna-se uma brasa viva. Quando o Espírito Santo desceu sobre os puritanos na Inglaterra as palhas da impureza foi consumida restando apenas gravetos verdes e puros. E purificada, a igreja foi sal para a sociedade e luz para o mundo.

              Antes do avivamento americano do séc. XVIII, a impureza era algo notório no meio do povo de Deus. No púlpito havia homens que não eram convertidos, e nos bancos membros que não eram regenerados. A Bíblia não era regra de fé e prática, e a igreja era impura e mundana. Jonathan Edwards, escrevendo sobre a sua própria paróquia, disse está vivendo em uma época de extraordinária sonolência religiosa; a licenciosidade prevalecia grandemente, entre a juventude, as práticas mundanas e impuras eram visíveis e normais.[35] Todavia, quando o Espírito avivador desceu sobre a igreja, os inconversos foram convertidos; os impuros foram purificados; a licenciosidade deu lugar à santidade; a igreja que vivia em densas trevas passou a viver em clara luz. O fogo do Espírito sempre sapeca o mundanismo e purifica a igreja.

             O avivamento sempre purifica a igreja e a leva a santidade de vida. Ele sempre faz surgir homens que queiram morrer totalmente para o pecado e viver vida santa, totalmente devota a Ele. O D. M. Loyd-Jones, comentando sobre o pequeno movimento, que começou em Oxford, conhecido como o “Clube dos Santos”, e alcançou o mundo, escreve:

 

“Que aconteceu com eles? O que aconteceu com os irmãos Wesley, com Whitefielde e os outros que se reuniram com eles? Foi apenas isto – eles disseram: ‘sim, a igreja Cristã ainda é a Igreja Cristã, todavia ela é muito indigna e pecaminosa. A pessoa não está prestando atenção aos mandamentos de Deus e a vida como é apresentada no Novo Testamento. Isto está errado, precisamos nos dedicar à santidade, precisamos nos purificar’. Eles talvez tenham ido longe demais, tornado-se um pouco legalistas, todavia estabeleceram regras e regulamento a respeito de como deviam viver. Por isso foram chamados metodistas. Disseram: ‘Devemos reunir para estudar as Escrituras juntos, precisamos orar juntos, e devíamos viver de forma metódica em todas as coisas’. Metodistas! Sim, no entanto, o que estavam buscando era santidade”. [36]

 

              Vivemos em uma época em que o vírus do mundo tem adentrado à igreja e contaminado o “corpo de Cristo”. A igreja, noiva do Senhor, tem praticado adultério com o mundo. O conformismo, o secularismo, o liberalismo, o subcristianismo e uma série de “ismos” têm levado nossas igrejas há um vale de ossos secos. Precisamos de um avivamento que lave nossas igrejas, tornando-nos um povo santo, como Ele é santo.

 

                                2.4.3. Transformação da sociedade

 

              O mundo nunca é o mesmo após um avivamento; toda vez que Deus sacode (desperta) a Igreja abala o mundo; toda vez que o povo de Deus é despertado, o mundo é transformado. “Nunca houve um grande avivamento sem reformas sociais e políticas”. [37]

              No século XVI, o mundo foi abalado pela Reforma e Genebra transformada por Calvino. Genebra era uma das cidades mais tormentosas da Europa; seu governo era dividido e havia uma grande briga pelo poder; nas ruas, o pecado e a violência dominavam o povo. Entretanto, Calvino foi usado por Deus no avivamento suíço. A Reforma atinge, não só a igreja, mas também a sociedade! E foi as grandes visões administrativas, eclesiásticas e sociais de Calvino, com a graça de Deus, que fez com que Genebra se tornasse uma cidade única na Europa; sobre Genebra Fischer afirma: “O distintivo que Calvino conseguiu lhe dar parece incrível” [38] . E, após séculos, permanece como centro de cultura e progresso. Todo avivamento traz mudanças culturais e sociais.

              Quando o avivamento vem, a Igreja é vivificada e a sociedade restaurada. No avivamento britânico, em 1739, a Inglaterra caminhava para o caos, os piores vícios prevaleciam. A bebida era algo tão comum que os embriagados viviam mais nos bares do que nos lares; tamanha era a criminalidade que não podiam andar nas ruas, à noite. Todavia, quando Deus derramou do Seu Espírito sobre os Wesleys e Whitfield, a Inglaterra mudou sua rotina; os bêbados deixaram os bares e voltaram para os lares;os escravos tornaram-se cidadãos, os marginais voltaram ao convívio social. A sociedade que estava em ruínas foi reformada por Deus. Sobre este período o historiador Samuel Green disse: “Toda a maneira de ser do povo inglês se modificou”.[39]         Quando a igreja é avivada, a sociedade é impactada. No grande despertamento no país de Gales, em 1904, os bares fecharam porque não havia mais alcoólatras; os teatros pararam porque não havia mais expectadores; as casas de jogos faliram, porque não havia mais quem jogasse. A nação profana passou a ser uma nação cujo Deus era o Senhor.

              Ah! Como precisamos de um avivamento do céu, que transforme nossa sociedade. Nossa nação está doente, infectada com amarga miséria; as crianças então abandonadas e famintas; os ricos, cada vez mais ricos, e robustos; os valores imorais são tidos como valores legais; o homossexualismo não é mais motivo de escândalo e o adultério é motivo de orgulho; a violência é maior que as autoridades; a televisão com seus valores imorais é mestra, que educa o povo. Isso é motivo para não cessarmos de clamar a Deus, para que o mesmo abale a igreja e transforme nossa pátria, e nos faça um povo onde Ele seja o Senhor.

 

CONCLUSÃO

 

Agora que chegamos juntos ao fim deste artigo, esperamos ter lançado luz sobre o importante assunto abordado, a ponto de podermos entender a gravidade da crise vivida pela igreja contemporânea, na sua falta de credibilidade no mundo. Como vimos às razões do descrédito da igreja estão relacionadas, a questões internas da igreja. O problema do cristianismo contemporâneo tem sido permitir que o espírito da nossa época entre em seu arraial secularize nosso povo.

              Esta é a razão que a proposta deste trabalho é desafiá-la a volta-se para Deus com fé ortodoxa, e vida prática; ambas baseadas na verdade de Deus como revelada nas Santas Escrituras. O que só é possível se a igreja experimentar um verdadeiro avivamento produzido nos céus e não na terra. Somente ele produzirá um despertar de Deus os cristãos viver o verdadeiro cristianismo, e ser considerados, de fato, cristãos tais como os discípulos em Antioquia.

              Por isso, precisamos clamar a Deus para que Ele intervenha em nossas igrejas, transformando nossas vidas e caráter, nossas famílias e negócios, nossa grande impiedade em uma profunda piedade, nossa vida de falsidade, em uma vida de santidade. Precisamos de um avivamento que abale as nossas igrejas, fazendo-nos um povo vivo e santo e transforme nossa sociedade, fazendo de nós uma nação justa, próspera, cujo Deus Soberano seja o Senhor. Pois somente assim o mundo crerá novamente nos crentes.

A Deus toda a glória!

 

 

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[1] Gandhi apud LOPES, Hernandes Dias. Avivamento Urgente: como buscar um avivamento autêntico e preparar o caminho para a sua chegada. 4 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1994. p. 73, 74.

[2] Segundo a revista seleções de Dezembro de 2006: 95 % da população brasileira acreditam no poder da oração, logo essas pessoas acreditam também em Deus.

[3] Ver www.ibge.org.com e também CORDOVIL, Percentual dos ‘sem-religião’ cresce 14 vezes nas últimas cinco décadas. Disponível em: <http://pibnf.wordpress.com/2007/03/12/percentual-dos-%E2%80%98sem-religiao%E2%80%99-cresce-14-vezes-nas-ultimas-cinco-decadas/ >. Acessado em: 16/06/2008

[4] CAMPOS, Heber Carlos de. O pluralismo do pós-modernismo. Fides Reformata. Vol. II, N° 1 (1997).

[5] Sobre ver também o artigo de Ricardo Quadros Gouvêa, “A Morte e a Morte da Modernidade: Quão Pós-moderno é o Pós-modernismo?” in: Fides Reformata, 1/2 (Julho-Dezembro 1996) 59-70.

[6] Sobre este assunto ver MACDOWELL, Josh. Evidências Históricas que Exige um Veredicto: Evidências históricas da fé cristã. 2ª Ed., São Paulo: Candeia, 1992, (Vol. 1. Cap. 3,4,5; vol. 2. Cap. 27,28).

[7] McGRATH, Alister E.. Paixão Pela Verdade. A coerência intelectual do evangelismo. São Paulo: Shedd Publicações, 2007, (Cap. 5: pags.169-202).

[8] MACEDO, Joel. Evangélicos sem igreja. Artigo disponível em: <http://guerreirosdaluz.com.br> Acessado em: 26 de Nov. 2009.

 

[9] Sobre este assunto ver: NICODEMUS, Augustus. O que estão fazendo com a Igreja. São Paulo: Mundo Cristão, 2008. p. 152.

[10] MACEDO, Joel. Evangélicos sem igreja. Artigo disponível em: <http://guerreirosdaluz.com.br> Acessado em: 26 de Nov. 2009.

[11] Apud FISHER, Harold A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de Janeiro, Editoras Livros Evangélicos, 1961, 215 pp.

[12] CÉSAR, E. M. Lenz. Que diferença fazem os evangélicos? In: Entrevista com Elben Lenz César ao instituto Jetro. Dados disponíveis em: http://www.institutojetro.com.br/lendoentrevista.asp?t=&a=892 Acessado em 29 de Nov. de 2009

[13] Idem

[14] Sproul in: HORTON, Michael Scott. Religião de Poder. Igreja sem fidelidade bíblica e sem credibilidade no mundo. São Paulo: Cultura Cristã, 1998, p. 265.

[15] Apud LOPES, Hernandes Dias. Avivamento Urgente: como buscar um avivamento autêntico e preparar o caminho para a sua chegada. 4 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1994. 108 pp.

[16] CAMPOS, Heber Carlos de. O pluralismo do pós-modernismo. Fides Reformata. Vol. II, N° 1 (1997).

[17] KUYPER, Abraham. Calvinismo. São Paulo: Cultura Cristã, 2002. p. 119.

[18] Ibid e idem p. 35.

[19]Apud GEORGE, Timothy. Teologia dos reformadores. Trad. Gérson Dudus, Valéria Fontana. São Paulo: Vida Nova, 1993, p. 112

[20] Cf. BIÉLER, André. O Pensamento Econômico e Social de Calvino. Trad. Luz, Waldyr Carvalho. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1990, p. 565.

 

[21] LOPES, Hernandes Dias. Avivamento Urgente: como buscar um avivamento autêntico e preparar o caminho para a sua chegada. 4 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1994. P 28.

 

[22] Apud OLFORD, Stephen F. Um Grito por Reavivamento. Tradução de Jorge A . P . Rosa. Lisboa, s/d, 1966. P. 17.

[23] Idem p. 18

[24] Idem e ibid

[25] RAVENHILL, Leonard. Porque Tarda o Pleno Avivamento? Tradução de Myriam Talitha Lins. Venda Nova, Editora Betânia, 1989. P 64.

[26] LLOYD-JONES, Martyn. Avivamento. Tradução de Inge Kaenig. 2 ed. São Paulo, Publicações Evangélicas Selecionadas, 1993. P. 108.

[27] Apud TRASK, Thomas E. (editor).  O Pastor Pentecostal. Tradução de Luiz Aron de Macedo. Rio de Janeiro, Casa Publicadora das Assembléias de Deus. 1999. P 243.

 

 

[28] EBY, David. Pregação Poderosa para o Crescimento da Igreja: O papel da pregação em igrejas em crescimento. São Paulo, Editora Candeia, 2001. p. 38

[29] Ibid, idem

[30] FISHER, Harold  A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de Janeiro, Editoras Livros Evangélicos, 1961, p 77.

[31] Apud idem

[32] Apud idem p. 90,91

[33]Apud NETO, F. Solano Portela. A Mensagem da Reforma para os Dias de Hoje. In: MATOS, Alderi Souza de; LOPES, Augustus Nicodemos. Fides Reformata. v.2, n.2. jul/dez, 1997. p.22-34.

[34] Apud FISHER, Harold  A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de Janeiro, Editoras Livros Evangélicos, 1961, p 92.

[35] FISHER, Harold  A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de Janeiro, Editoras Livros Evangélicos, 1961.

[36] LLOYD-JONES, Martyn. Avivamento. Tradução de Inge Kaenig. 2 ed. São Paulo, Publicações Evangélicas Selecionadas, 1993. P 73.

[37] OLFORD, Stephen F. Um Grito por Reavivamento. Tradução de Jorge A . P . Rosa. Lisboa, s/d, 1966. P 73.

[38] FISHER, Harold A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de Janeiro, Editoras Livros Evangélicos, 1961, P.92.

[39] Apud OLFORD, Stephen F. Um Grito por Reavivamento. Tradução de Jorge A . P . Rosa. Lisboa, s/d, 1966. 185 pp.